É assim que estou nos últimos dias, e em sintonia com a política e a economia brasileiras: devagar, quase parando.
Concedo-me, para o bem próprio e dos leitores, licença até a próxima semana.
Parei.
É assim que estou nos últimos dias, e em sintonia com a política e a economia brasileiras: devagar, quase parando.
Concedo-me, para o bem próprio e dos leitores, licença até a próxima semana.
Parei.
Editorial de O Estado de S.Paulo
O governo está enrolado financeiramente em mais uma operação mal planejada, mal executada e concebida para objetivos errados – subsidiar a conta de luz para maquiar os custos e a inflação. Como falta dinheiro em fundos setoriais para pagar as indenizações devidas a empresas de eletricidade, o Tesouro tem de entrar em cena para pagar R$ 6,7 bilhões em quatro anos, segundo estimativa divulgada ontem pelo Estado. Com apenas uma iniciativa, anunciada em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff, o Executivo federal cometeu três erros: distorceu custos, disfarçou a inflação, empurrando para a frente um problema de enorme importância econômica, e sobrecarregou mais uma vez as finanças do setor público.
O governo decidiu no ano passado antecipar a renovação das concessões às companhias do setor elétrico. Uma das condições seria a redução média de 20% do valor das tarifas. A Cemig, a Cesp e a Copel, no entanto, recusaram a proposta. Por isso, o governo teve de assumir encargos maiores para garantir o benefício prometido a todos os consumidores. A situação ainda se complicou quando a seca, no fim de 2012, tornou necessário o uso da energia mais cara produzida por usinas térmicas. Seria preciso neutralizar também esse aumento de custo, para cumprir a promessa de reduzir a conta de eletricidade.
A maior parte do dinheiro para cobrir o subsídio deveria sair da Reserva Global de Reversão, criada para indenizar concessionárias no caso de suspensão do contrato. Com o novo plano, o dinheiro seria usado principalmente para financiar a nova e confusa iniciativa do governo. Havia R$ 15,2 bilhões disponíveis em janeiro. Em maio o saldo estava reduzido a R$ 6,4 bilhões. O valor atualizado, segundo estimativa extraoficial, é de R$ 2,4 bilhões.
Entre janeiro e maio, a Conta de Desenvolvimento Energético, destinada a financiar, entre outros, o programa Luz para Todos, foi reduzida de R$ 2,5 bilhões para R$ 223,3 milhões. Como essa conta era alimentada pelos consumidores, via conta de luz, a redução das tarifas praticamente extinguiu essa fonte. Em maio, R$ 2,5 bilhões saíram da Reserva Global de Reversão para esse fundo, em operação mantida em sigilo e recém-descoberta pelo Estado. Todos esses detalhes foram mostrados na reportagem.
Dos R$ 20 bilhões devidos às empresas participantes do plano de renovação antecipada, o governo pagou R$ 7,69 bilhões em janeiro e provavelmente – faltam informações atualizadas – mais R$ 3 bilhões até junho. O dinheiro disponível nos fundos setoriais é obviamente insuficiente para a liquidação do restante, com desembolso médio estimado em R$ 500 milhões por mês. A esse valor é preciso acrescentar uma remuneração de capital de 5,59% ao ano.
A aventura anunciada em setembro pela presidente Dilma Rousseff converteu-se em problema orçamentário, com graves implicações para os resultados fiscais. Isso explica a decisão do governo de antecipar o recebimento de recursos da Itaipu Binacional. Seria mais um truque para maquiar o resultado das contas públicas. Diante das críticas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já anunciou o abandono dessa ideia.
O balanço é inequívoco. Mais uma vez o governo se meteu em dificuldades ao cuidar de maneira errada de dois problemas importantes. Um deles é o alto custo da eletricidade para todos os consumidores. Esse é um componente importante do custo Brasil e um encargo muito pesado para a maioria dos consumidores. Além disso, o subsídio à conta de luz disfarçaria, a curto prazo, a inflação acelerada.
Em vez de atacar as causas dos problemas – o alto custo da energia, uma questão estrutural, e a aceleração dos preços ao consumidor, um desafio imediato -, o governo preferiu disfarçar a realidade. Como sempre, agravou os problemas ao tentar contorná-los. Nada se resolverá sem a execução eficiente de projetos para a produção de energia, sem a revisão dos componentes de custos (a começar pelos tributos) e, a curto prazo, sem um ataque mais firme às causas da inflação.
Excelentes números.
Mostram a melhoria da qualidade de vida do brasileiro e, para perplexidade do PT, que o Brasil existia e se preocupava com os pobres antes da chegada de Lula ao poder.
Do estadao.com:
O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela um expressivo avanço do Brasil nos últimos 20 anos, mas também um quadro em que a educação se mantém como o principal desafio do País.
Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 47,5% no País, de 0,493 para 0,727. Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis e o desempenho de uma determinada localidade é melhor quanto mais próximo o indicador for do número um.
A classificação do IDHM do Brasil mudou de ‘Muito Baixo’ (0,493 em 1991) para ‘Alto’ (0,727).
O subíndice educação, uma das variáveis que compõem o IDHM, é o que mais puxa para baixo o desempenho do País. Em 2010, a educação teve uma pontuação de 0,637.
Embora seja o componente com pior marcação, foi na educação que mais houve avanço nas duas últimas décadas, ressaltaram os pesquisadores. Em 1991, a educação tinha um IDHM 0,279, o que representa um salto de 128% se comparado à pontuação de 2010.
Antes, a ressalva:
A corrupção não escolhe partido, embora o PT se destaque por defender corporativamente seus membros acusados de ou condenados por corrupção. Veja-se o caso do mensalão.
A revista Istoé, notoriamente anti-PSDB, dedicou as capas das duas últimas edições para acusar políticos desse partido de cobrarem propina das empresas fornecedoras do metrô e da companhia ferroviária, administrados pelo governo de São Paulo – o reduto que o PT ainda não conseguiu arrancar de seus principais oponentes.
Os petistas, que lutam contra as cordas no quesito corrupção, estão levantando os braços e comemorando a vitória.
Se depender do conteúdo das reportagens da revista, vão levar um direito no queixo oportunamente.
Não sou tucano nem tenho procuração para defendê-los. Mas, como jornalista, sinto-me no direito de analisar as reportagens da Istoé.
Resumo: a revista informa que o Cade, instância de supervisão econômica do Congresso e presidida pelo petista Lindbergh Farias, recebeu denúncia de um funcionário da Siemens, uma das fornecedoras do metrô e da companhia ferroviária, de que as empresas concorrentes mantêm cartel para vencer licitações e pagam funcionários graduados do metrô e companhia ferroviária. Que, por sua vez, destinam parte da propina a políticos do PSDB.
E tudo fica por aí: não há nome do denunciante (compreende-se a razão do anonimato), não são apontados os políticos que se beneficiariam do esquema (isso é injustificável) e os intermediários citados são todos ex-funcionários das empresas denunciadas. Foram demitidos em razão de outra denúncia de propina envolvendo a francesa Alston.
Não há sequer um documento que comprove a denúncia – e isso é aviltante.
(“Documento” apresentado pela Istoé: ridículo!)
Esse é o tipo do jornalismo que o PT, que prega a “regulamentação da imprensa”, apregoa como modelar: o que atropela as regras elementares do código de ética da categoria – que exige investigar profundamente uma denúncia e fundamentá-la – desde que seus adversários sejam o alvo.
Como o PT reagiria se um órgão de imprensa, citando uma fonte anônima e sem apresentar qualquer documento, acusasse o filho de Lula – aquele que recebeu R$ 5 milhões de uma operadora de telefonia – de ser mero intermediário do pai num esquema de propina junto a concessionárias de serviços públicos?
Mesmo nesse caso, em que a empresa que pagou a fortuna a Lulinha foi atendida em seu desejo de mudar a Lei Geral das Telecomunicações, seria uma leviandade.
Fontes:
http://www.istoe.com.br/reportagens/316224_TRENS+E+METRO+SUPERFATURADOS+EM+30+
Em entrevista à Folha de Londrina, o ex-prefeito Homero Barbóquio afirma que foi deposto – está para completar um ano – porque seus adversários temiam sua reeleição.
O comentário, entre outros gritantes, mostra que ele não aprendeu nada: continua mentindo, já que, mesmo cassado, participou da eleição e saiu humilhado.
Barbóquio comandou uma administração (sic) estapafúrdia, atabalhoada e corrupta.
E ele diz que quer voltar à política…
Vade retro!
Simplicidade, autenticidade, carisma contagioso, discurso pontual e acessível: o papa Francisco encantou multidões – os 3 milhões em Copacabana dizem tudo –, deixou mensagens contundentes no conteúdo e elegantes na forma, e sensibilizou até uma ovelha desgarrada como este escriba.
Num italiano mambembe, resumo meu sentimento: Io mi orgoglio di Bergoglio!
Eu me orgulho de Bergoglio!
Sou mais uma vítima da Gripe Ibope: a que não poupa ninguém e derruba de uma vez.
Atchim!